Alimentação Emocional é o tema do nosso artigo de hoje. Fique a saber mais sobre este comportamento alimentar e como pode combatê-lo.
Comer é muito mais do que ingerir nutrientes! Numa alimentação equilibrada, também existem comportamentos emocionais, culturais e ambientais, que podem levá-la a procurar um certo conforto na comida.
Quando sentimos vontade de comer, mas essa vontade não se traduz verdadeiramente em fome e sim numa necessidade constante de preencher um vazio, então trata-se de fome emocional.
O Que É A Alimentação Emocional?
A alimentação emocional ocorre quando as pessoas comem mesmo estando sem fome em resposta a determinadas emoções.
O aumento de peso e o “efeito yo-yo” (quando a pessoa engorda e emagrece frequentemente) são consequências da alimentação emocional.
As estatísticas confirmam a ligação entre as emoções e a comida: cerca de 40% das pessoas tendem a comer mais quando estão stressadas, enquanto cerca de 40% comem menos e 20% não alteram a quantidade de alimentos que comem quando expostas ao stress.
Ou seja, o stress pode estar associado quer ao ganho quer à perda de peso.
As causas disto são na maioria das vezes, a ansiedade e o stress que resultam num descontrolo alimentar.
Segundo alguns nutricionistas, sensações como a tristeza, raiva ou culpa não melhoram depois de comermos.
Normalmente, depois de comer, vêm a frustração e a sensação de fracasso.
O mais indicado, nos casos de alimentação emocional, é procurar orientação psicológica para trabalhar o comportamento compulsivo em relação à comida, além de acompanhamento nutricional e atividades físicas.
Sendo assim, torna-se imperativo, identificar o que desperta o desejo de comer, além das necessidades do corpo, estimulando a perda de peso com saúde.
Quem se relaciona com os alimentos pela emoção tem tendência a consumir mais hidratos de carbono, laticínios e gorduras, que em excesso causam aumento de peso e, consequentemente, doenças relacionadas à obesidade.
Introduzir frutas na alimentação pode ser uma das soluções para promover a sensação de saciedade. Opte por sumos de fruta natural, são uma boa forma de começar a ingerir este tipo de alimento.
Outra opção é fazer um puré de frutas, onde deve bater a fruta com um pouco de água, podendo ser adoçado com uma pequena porção de açúcar, ou mel tornando-se uma boa opção de sobremesa ou snack.
É importante estarmos atentos à forma como nos relacionamos com os alimentos e para isso devemos saber diferenciar a “fome física” da “fome emocional”.
A primeira surge de maneira gradual e paciente, é recetiva a vários alimentos e acaba quando o organismo está saciado. Já a fome emocional é súbita e urgente, exige um alimento específico e não acaba.
Quando há um desequilíbrio emocional, este pode levar a um desequilíbrio alimentar com o aparecimento de quadros compulsivos ou outros distúrbios tais como bulimia, anorexia, obesidade e obesidade mórbida que surgem como sintomas contra estados de angústia, sentimento de culpa acompanhado de comportamentos punitivos ou compensatórios que levam à sensação de débito constante consigo mesma.
Alimentação Consciente
Imagine esquecer as regras tradicionais sobre o que acha que é comer bem e, em vez disso, sentar-se a saborear a sua comida, uma mordida de cada vez, sem distrações. Isto é alimentação consciente!
A alimentação consciente procura estar totalmente presente com todos os sentidos durante o momento da refeição e incentiva as pessoas a tomarem atenção a dicas internas, como a sensação de fome ou saciedade, para orientar o que comer e quando.
O principal elementos da alimentação consciente é trazer uma maior consciência na hora das refeições, ou seja não se apressar numa refeição ou realizar várias tarefas ao mesmo tempo.
Adicionalmente, deve prestar atenção à aparência, sabor, cheiro e sensação da comida na boca e adotar uma abordagem alimentar mais flexível e sem julgamentos, porque não há alimentos bons ou maus.
O objetivo é mudar sua relação com a alimentação, o que pode levar a comportamentos mais saudáveis em geral.
Alimentação Saudável
Quando se começa a comer com mais atenção, diminui a probabilidade de comer para além do ponto de saciedade ou lanchar apenas porque por estar entediada.
Em geral, as dietas requerem um comportamento rígido, como retirar o açúcar ou dizer não aos hidratos de carbono, mas comer com atenção ajuda-a a ser mais flexível.
Experimente comer uma fatia de bolo e aprecie-a com atenção para que sinta que não precise comer mais.
Neste sentido a alimentação consciente torna-se o oposto de muitas dietas para perder peso.
A conexão corporal e a comunicação são os principais motivos para comer com atenção, conseguindo assim uma associação positiva entre comer e saborear a comida quando sente fome ou quando está interessado em comer.
Como Começar?
Comer com atenção, não é apenas reconhecer o sabor forte de uma maçã na língua ou perceber que está cheio antes de comer um pacote de batatas fritas inteiro.
A alimentação consciente acontece antes, durante e depois de comer.
Com qualquer estilo de alimentação, incluindo a alimentação consciente, é importante fazê-lo com calma e consciência. Isto significa que se tiver que fazer uma modificação ou adotar uma abordagem diferente, está tudo bem.
O principal, é permanecer flexível mas consciente do momento presente.
Não deve ser tão rígido com a alimentação consciente ao ponto de se tornar outro conjunto de regras.
Quando se desvia das regras, pode ficar stressado e sentir-se mal consigo mesmo, o que não é bom para nosso bem-estar geral. O segredo da alimentação consciente é fazer uma refeição de cada vez e fazer o melhor que puder, quando puder.
Resumindo…
Tenha em conta estes aspetos da alimentação! É importante destacar o fracasso das dietas que não respeitam ou se esquecem de avaliar o significado que a alimentação representa para cada pessoa. Sendo assim, é importante investir em saúde emocional, só assim será possível reduzir a alimentação emocional e tornar o ato alimentar mais consciente e saudável.
Descubra as nossas dicas para se sentir equilibrada e em plenitude, leia o nosso artigo 8 Dicas de Mindfulness.
Para conhecer mais passos de autocuidado, leia o nosso artigo 5 Regras Para Cuidar De Si.