Iara Rodrigues @iararodriguesnutricao

Lifestyle, Testemunho

#testemunho: genuína, honesta, transparente, nutricionista de profissão, Iara Rodrigues é fundadora do projeto @iararodriguesnutricao 😊⁠

⁠Conhece a Iara e o que a apaixona no seu lifestyle saudável.

Qual é a tribo alimentar com que mais te identificas?

Na realidade eu acho que tenho vindo a mudar um bocadinho a minha alimentação desde que me conheço. Comecei na tradicional e à medida que ia ganhando mais consciência em relação aos nutrientes e à forma de como me devo alimentar, cheguei à conclusão de que me identifico mais com a tribo flexitariana. Eu não sou vegetariana mas muitas das minhas refeições são vegetarianas por opção, porque não sou uma amante de carne nem de peixe embora consuma. Privilegio a ingestão de alimentos de origem vegetal, no entanto como a carne e o peixe em ocasiões mais específicas, não as deixei completamente de parte. Valorizo imenso a qualidade e a origem dos alimentos.

O que é que mais te inspira no lifestyle flexitariano?

Eu diria que a sensação de bem estar, o sentir-me plena, o saber que se eu não cuidar de mim na saúde e no bem estar, mais ninguém o faz, ou seja, a minha inspiração vai muito da minha sensação de quando me alimento bem e exatamente perceber o contrário quando, por ventura, estou mais stressada ou o meu tempo é mais limitado e as escolhas que tenho à disposição não são as melhores. Eu ressinto-me com isso e portanto, o que realmente me inspira é a sensação de bem estar e a importância que os nutrientes têm no meu corpo, e isto é, o meu corpo fala comigo em função dos alimentos que lhe dou. É um bocadinho recíproca a vontade de me nutrir bem precisamente pelo bem estar que me dá. Diria que é um retribuir de emoções e sensações com o meu corpo.

Quais foram os principais desafios na adoção de um lifestyle flexitariano?

Tem sido uma aprendizagem muito grande, começando pela noção de escutar o meu corpo. Nunca fui uma pessoa de me impor objetivos e metas, é mais deixar fluir, ou seja, se me apetece algum doce eu como, claro com o cuidado de escolher os que são mais de origem natural e não tão processados. Os principais desafios acredito que sejam o deixar rolar, o deixar ir e aprender com os erros porque eu acho que coisas que eu considero que fiz no passado que eu hoje olho e não estou tão de acordo, não devem ser vistos como erros mas sim como aprendizagens, como tempos que foram precisos passar para agora perceber onde é que eu quero estar e o que é que faz sentido. Os prós são essencialmente a sensação de bem estar, o sentir-me plena. O desafio da minha segunda gravidez em relação à primeira tem sido melhor, estou a passar muito bem. Na primeira tive imensos enjoos, muitas náuseas, e o pensamento “deixar fluir” ajudou-me a encontrar-me, a encontrar o caminho certo. Pensei “vou parar de criar pressão, vou deixar fluir”. Os contras diria a parte social devido aos comentários das pessoas à nossa volta “mas estás sempre de dieta?”, “estás sempre a fazer flexões?” e às tantas desisto de tentar explicar que é esta a minha forma de comer. É assim que faz sentido alimentar-me, eu não faço dieta, faço escolhas mais sensatas. Hoje consigo perceber quais são os meus limites, com mais consciência do que se calhar em outras alturas. Diria que a pressão à nossa volta é um grande contra.

O que recomendarias a quem quer começar um lifestyle flexitariano?

Acho que, acima de tudo, ninguém muda os seus hábitos alimentares de um dia para o outro. O nosso corpo e a nossa mente precisam de tempo para se adaptarem às nossas mudanças e a alimentação não é uma exceção, como tudo. Uma rotina que está instituída não é fácil de a alterar de um momento para o outro, regra geral. As pessoas devem mudar aos poucos, como eu própria tenho vindo a fazer de forma muito natural. Podemos começar por escolher um dia para iniciar, tentar seguir alguns critérios de uma alimentação mais saudável e progressivamente aumentar esse número de dias, aumentar as opções mais saudáveis, tentando a tolerância à adaptação de cada um aos novos hábitos. Caso se sinta perdida, procurar um profissional de saúde, um nutricionista, alguém que o possa orientar e encaminhar por forma a perceber quais as principais etapas, o percurso que se pode percorrer. Mais do que ser saudável é preciso ser flexível e equilibrado.

O que mudou em ti por causa do lifestyle flexitariano?

A relação que eu tenho comigo mesma e a aprendizagem que tem sido escutar o meu corpo, interpretar os sinais, estar mais atenta às vontades que o corpo tem, saber responder a tudo isto. No entanto, acho que acima de tudo a consciência e a relação que tenho comigo. Eu hoje em dia, consigo ver que tenho uma relação com o meu corpo muito mais saudável do que se calhar tinha quando era adolescente, quando as opções que eu fazia era apenas em função do pensamento “tenho que estar magra ou estar bonita”. Agora entendo que é mais importante a plenitude, o prazer, o bem estar. É o evoluir na área da mente e a relação corpo-mente e não só o dedicar à parte estética, mas sim ir além disso.

Na Clevermeals acreditamos que nunca houve um momento em que o que comemos dissesse tanto sobre quem somos, sobre o nosso ponto de vista ecológico, ético e até sobre o nosso lifestyle.

Concordo plenamente. A Clevermeals está a acreditar exatamente naquilo que eu vejo e diria que hoje, mais do que em qualquer outro momento, há uma maior consciência. Há uma noção dos efeitos diretos que a alimentação tem na nossa saúde física e mental. Eu acho que até as pessoas que são muito tradicionais, porque sempre viveram naquilo, já começam a perceber os efeitos direto entre a alimentação e a saúde. A noção do orgânico, da pegada ecológica está cada vez mais presente, até mesmo no mundo das marcas que estão mais despertas devido à consciência da população de um modo gera, hoje mais do que nunca.

O que inspira a tua vida? O que inspirou o projeto Iara Rodrigues Nutrição?

Eu brinco muitas vezes dizendo que “eu acho que fui escolhida” no sentido em que desde pequenina percebo o impacto que a má alimentação pode afetar diretamente a vida das pessoas. Tenho uma irmã que sofreu de um distúrbio alimentar e duas das minhas melhores amigas, uma delas com anorexia, fizeram com que eu vivesse muito perto esta relação saúde-alimentação. Com isto percebi que para nos sentirmos felizes, temos que nos sentir em paz com o nosso corpo e que ele tem necessidades. Para mim ser nutricionista nem é bem uma profissão, é quase a minha vocação, a minha forma de estar, ser, de me relacionar com os outros. Há alturas que me sinto uma privilegiada por poder participar ativamente na mudança de tantas vidas e de poder testemunhar essa mudança, alegria e satisfação que existe. Além dos comentários positivos que recebo todos os dias, de perceber que o meu trabalho tem mudado a atitude de muita gente, a relação delas com o seu corpo como também com tudo à sua volta. Não digo que seja um dom, mas entendo que é a minha vocação porque se calhar desde muito cedo fui chamada para isto. A área da nutrição sempre foi a minha área de eleição e depois o caminho foi-se fazendo, porque se calhar tive estas situações pessoais que me afetaram diretamente e eu fui crescendo com elas e evoluindo na sensação de bem estar que as pessoas podem obter.

Quais são as 3 coisas que não podem faltar na tua vida?

A minha família e os amigos que são família. Tempo para mim é algo que eu tento sempre privilegiar, principalmente quando me sinto mais perdida. E preciso de me rir, preciso muito de me rir, quase para libertar o stress, para me sentir positiva.

Se o Planeta nos pudesse falar, o que achas que nos diria?

Diria que nem sempre o temos tratado bem, que nos esquecemos de tratar de algo que não é nosso, apesar de assumirmos verdadeiramente que o é. Se calhar era preciso parar, refletir, corrigir os erros, ver o que está errado, evitar o mesmo erro. Mas, de um modo geral, penso que o planeta não está muito satisfeito connosco em alguns sentidos. Não em todos, felizmente a consciência que se está a ganhar tem vindo a ajudar, mas ainda estamos em passos largos daquilo que é preciso fazer para o nosso mundo sorria mais, para que não tenhamos escassez alimentar, escassez de recursos naturais.

Como devemos descrever a Iara?

A Iara é curiosa por natureza, muito genuína, honesta e transparente. É muito difícil não se ver na minha cara aquilo que eu quero e aquilo que eu penso. Sou muito positiva, tento sempre que nada me mande a baixo talvez porque já fui uma miúda muito insegura, mais tímida do que hoje em dia sou, já tive muito medo de arriscar. O facto de ter passado por situações como a doença da minha irmã, das minhas amigas, uma relação menos boa com o meu corpo que também já o tive, levou-me a fazer psicanálise, a trabalhar muito mais as minhas emoções e ganhasse mais consciência de mim mesma e começasse a ter uma atitude mais positiva. Sou alegre, bem disposta, trabalhadora e não sou nada líder, sou bem mandada porque deixo ir.

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